quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Tho trovato


T ho trovato in tanti luoghi, Sinhore!
T ho sentito palpitare
nel silenzio altissimo
d una chiesetta alpina,
nella penumbra del tabernacolo
di una cattedrale vuota,
nel respiro unanime
d una folla che ti ama e riempe
de arcate della tua chiesa
di canti e di amore.
T ho trovato nella gioia,
Ti ho parlato
al di la del firmamento stellato,
mentre a sera, in silenzio,
tornavo dal lavoro a casa.
Ti cerco e spesso ti trovo.
Ma dove sempre ti trovo è nel dolore.
Un dolore, un qualsiase dolore,
è come il suono della campanella
che chiama la sposa di Dio alla preghiera.

Quando l ombra della croce appare,
l anima si raccoglie
nel tabernacolo del suo intimo
e scordano il tinitinno della campana
ti "vede" e ti parla.
Sei Tu che mi vieni a visitare.
Sono io che ti rispondo:
"Eccomi Sinhore, Te voglio, Te ho voluto".
E in quest incontro
l anima mia non sente il suo dolore,
ma è come inebriata dal tuo amore:
soffusa di Te, impregnata di Te:
io in Te, Tu in me,
affinché siamo uno.
E poi riapro gli occhi alla vita,
alla vita meno vera,
divinamente agguerrita,
per condurre la tua guerra.

(Chiara Lubich)


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Nada

Fui ao medico ontem, tava com uma dor nos quartos.
Ele me perguntou o que eu tinha, com aquela arrogancia tipica dos medicos de plantao.

Eu disse:
"Sofro de amor, seu doutor, amor correspondido.
Me doi no peito o medo do futuro, o apego ao passado, de grego é o presente".

E foi entao que ele disse:
"Voce precisa disso aqui",
Apontando com o dedo uma folha em branco, pregada à parede na moldura de um quadro.

Eu perguntei, com aquela cara de quem ve uma exposiçao de Pollok,
"Eu preciso de paz?"
 E ele disse: "Voce precisa de nada".





sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Nas janelas da alma a gente se encontra


Foi o que eu disse pra ela.
E naquele momento toda a poesia do mundo cabia nessas 4 palavras> nas janelas da alma...
Porque quando a gente se apaixona, todo cliche vira epitafio, todo ruido vira musica, cada palavra um hiperlink.
Ainda que nao declarada, ainda que escondida, cada paixao verde aos poucos vira musica, tambem, abrindo a cortina dos olhos...

Assim mesmo, tambem, tudo sem acento, como as frases que eu escrevo agora.

Pouco a pouco, eu espero. Amadurecer quem sabe.

Porque afinal de contas, amigo, se apaixonar é quase se tornar um cliche vivo, rosa chiclete.
E afinal de todas as contas a vida é mesmo boa por isso.




O teclado daqui é doido

Essa poderia ser uma desculpa para escrever errado, mas nao é. Até hoje nao sei como digitar o
@ / sim, eu acabei de copiar e colar.
Ta, voce pode dizer que isso nao tem importancia. Mas, veja bem, so na ultima oraçao, contei pelo menos tres palavras sem acento.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pra dissolver e recompor






Até os infortúnios tem o seu valor,
é a oportunidade de aprender com a dor. Portanto a gratidão jorra pela fonte do meu coração.

O gigante nunca dormiu, só estava cochilando


Entrevistada para a edição de agosto da revista Cidade Nova, a cientista política Sonia Fleury defende a ideia de que o Brasil nunca dormiu; estava, no máximo, cochilando. De fato, como ela diz, manifestações da amplitude das que vivenciamos  em junho não surgem assim de uma hora pra outra. A juventude que reivindicou a lei da ficha limpa há algum tempo atrás, que já lutava pela melhoria dos transportes (embora de forma menos tímida), que sofria a falta de diálogo e de cumprimento dos direitos de cidadania com as enumeras formas de violência utilizou-se das redes sociais e amplificou seu grito em um mosaico de vontades e bandeiras. Quem parece que estava dormindo eram os políticos e a mídia (por que não?), pegos de surpresa por nunca terem levado em conta tudo isso.

Que o Brasil em metáfora acordou coletivamente é verdade, visto que há 20 anos mais ou menos, não existia alguma mobilização grandiosa como esta. Mas e daqui pra frente? De acordo com Sonia ninguém vive para sempre manifestando. A tendência entretanto é que essas reivindicações sejam menores, porém mais organizadas, como é o caso dos médicos, dos caminhoneiros e do Movimento Passe Livre, que continua bravo, pelo menos aqui em Aracaju. Uma coisa, contudo, é certa: o verdadeiro sentido da palavra democracia parece que despertou no coração das pessoas. Estamos prestes a praticar esse direito (o de democraticamente votar) em novas eleições, resta saber se esse sentimento continuará vivo, ou estará mais uma vez estancado.

Que a política deve ter em vista o bem coletivo e o respeito às individualidades todos nós sabemos. O que precisamos enfatizar é o nosso papel, individual, de fazer valer tudo isso nos nossos pequenos atos e gestos. Parece clichê, mas devemos sim respeitar a sinalização de transito, ser mais caridosos, mais justos, honestos, sem a tão conhecida lei o gerson que é tomada por muitos como integrante da nossa cultura.
Não se enganem, a cultura brasileira, como bem disse o Papa Francisco, é solidária. E se a cultura é formada por um conjunto de normas apreendidas e desempenhadas por cada um (ancestral ou presente), nós podemos sim modificar o que não é lá tão agradável.

Fiquemos vigilantes, esse país continental é nosso, e essa é a nossa vida!