sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O gigante nunca dormiu, só estava cochilando


Entrevistada para a edição de agosto da revista Cidade Nova, a cientista política Sonia Fleury defende a ideia de que o Brasil nunca dormiu; estava, no máximo, cochilando. De fato, como ela diz, manifestações da amplitude das que vivenciamos  em junho não surgem assim de uma hora pra outra. A juventude que reivindicou a lei da ficha limpa há algum tempo atrás, que já lutava pela melhoria dos transportes (embora de forma menos tímida), que sofria a falta de diálogo e de cumprimento dos direitos de cidadania com as enumeras formas de violência utilizou-se das redes sociais e amplificou seu grito em um mosaico de vontades e bandeiras. Quem parece que estava dormindo eram os políticos e a mídia (por que não?), pegos de surpresa por nunca terem levado em conta tudo isso.

Que o Brasil em metáfora acordou coletivamente é verdade, visto que há 20 anos mais ou menos, não existia alguma mobilização grandiosa como esta. Mas e daqui pra frente? De acordo com Sonia ninguém vive para sempre manifestando. A tendência entretanto é que essas reivindicações sejam menores, porém mais organizadas, como é o caso dos médicos, dos caminhoneiros e do Movimento Passe Livre, que continua bravo, pelo menos aqui em Aracaju. Uma coisa, contudo, é certa: o verdadeiro sentido da palavra democracia parece que despertou no coração das pessoas. Estamos prestes a praticar esse direito (o de democraticamente votar) em novas eleições, resta saber se esse sentimento continuará vivo, ou estará mais uma vez estancado.

Que a política deve ter em vista o bem coletivo e o respeito às individualidades todos nós sabemos. O que precisamos enfatizar é o nosso papel, individual, de fazer valer tudo isso nos nossos pequenos atos e gestos. Parece clichê, mas devemos sim respeitar a sinalização de transito, ser mais caridosos, mais justos, honestos, sem a tão conhecida lei o gerson que é tomada por muitos como integrante da nossa cultura.
Não se enganem, a cultura brasileira, como bem disse o Papa Francisco, é solidária. E se a cultura é formada por um conjunto de normas apreendidas e desempenhadas por cada um (ancestral ou presente), nós podemos sim modificar o que não é lá tão agradável.

Fiquemos vigilantes, esse país continental é nosso, e essa é a nossa vida!


3 comentários:

  1. É isso aí Gustavo!! Vamos divulgar e fazer nossa parte no que diz respeito às mudanças a serem alcançadas e ao nosso papel de "filhos da unidade". Tamo juntos!!!

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  2. Parabéns pela reflexão, Gustavo! E obrigada por divulgar a CN! Estamos juntos nessa tentativa de mudar para melhor o nosso país! Abraços

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  3. Positividade sempre, não é mesmo? Espero que nosso povo saiba se manifestar nas urnas.

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